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Transplante capilar em pessoas com entradas
Muitos gostariam de fazer implantes só nas entradas. A princípio isso não é uma boa ideia, pois, se a calvície progredir, a pessoa continuará perdendo cabelo na região frontal e temporal da cabeça e poderá ficar com uma ilha de cabelo cercada por uma área calva, o que não é natural.
Quando restaura-se somente as entradas, depois pode ser necessário fazer uma emenda e continuar o transplante em outras áreas do couro cabeludo, mas isso geralmente não gera bom resultado.
Alguns médicos recomendam manter tratamento clínico e postergar o implante capilar até que se consiga de fato ter uma área calva em que se trate todo o contorno do rosto, o que proporcionará um resultado mais harmônico.
Existem pacientes que têm pequenas entradas no couro cabeludo, não têm histórico de calvície na família, e talvez nem a desenvolvam em estágios moderados e avançados, mas com o passar do tempo, as entradas podem aumentar. Às vezes a pessoa tem uma testa saliente ou uma parte óssea na fronte à mostra que não gosta. Esse tipo de paciente pode se beneficiar de uma restauração segmentada, e por ser uma área calva pequena pode fazer FUE (Follicular Unit Extraction), mesmo que seja jovem.
Para quem tem predisposição genética a graus mais acentuados de calvície, definitivamente não é recomendado fazer implantes só nas entradas. Deve-se conversar com o médico, que precisa entender o que paciente precisa, e então toma-se uma decisão.
Técnicas de implante capilar
Existem duas técnicas de implante capilar, a FUT (Follicular Unit Transplantation) e a FUE, que se complementam.
A maioria dos médicos fazem tanto FUE quanto FUT, para alguns pacientes indica-se apenas a primeira, para outros a segunda, e um terceiro grupo pode realizar ambas no mesmo procedimento.
É necessário debater prós e contras de cada técnica, assim, é possível realizar uma escolha sensata.
Orientações no pós-operatório do transplante capilar
Quem foi submetido a um implante capilar, seja FUT ou FUE, geralmente tem alta no mesmo dia. Passadas algumas horas do término da cirurgia – geralmente feita com anestesia local e sedação –, o paciente vai para casa.
O cirurgião receita alguns medicamentos, basicamente analgésicos e anti-inflamatórios, pois o paciente pode, eventualmente, ter algum desconforto – geralmente na área doadora de cabelo, e não na receptora.
Em casa, o paciente deve deitar-se com a cabeça um pouco elevada, o que é importante para reduzir o edema facial, e utilizar uma toalha sobre o travesseiro para evitar que ele suje, afinal não é feito curativo com bandagem oclusiva.
O paciente pode voltar a trabalhar alguns dias após a cirurgia. A intensidade da atividade física deve progredir gradualmente: o paciente pode fazer caminhada no dia seguinte à cirurgia e para atividades mais extenuantes (por exemplo, academia) deve esperar um tempo maior.
No primeiro retorno clínico, é feita limpeza do couro cabeludo, e o paciente é ensinado a fazer isso para repetir em casa.
Para quem foi submetido à FUT, por volta do décimo dia da realização do procedimento, é feita remoção dos pontos que suturaram a remoção da faixa de cabelo.