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Como não ficar careca fazendo quimioterapia
As células do folículo piloso (a parte do pelo que fica dentro do couro cabeludo) têm uma atividade metabólica intensa, só perdendo para a das células da medula óssea. Por isso quando se faz quimioterapia, que ataca as células que estão em divisão, os cabelos por terem essa atividade bastante pronunciada, acabam caindo.
Hoje, além de preservar a vida de quem tem câncer, trabalha-se também para manter a qualidade de vida durante esse processo tão delicado.
Scalp cooling
O scalp cooling é um método que proporciona o resfriamento do couro cabeludo para evitar que se percam os cabelos durante a quimioterapia.
O método mais comum de resfriar o couro cabeludo é com o uso de uma touca congelada. Os vasos sanguíneos que transportam os nutrientes para os folículos pilosos ficam mais estreitos, apertados, então o sangue não chega de maneira adequada nos folículos, e no congelamento, quando o medicamento quimioterápico entra na corrente sanguínea e se espalha pelo corpo, ele chega menos no couro cabeludo, e com isso somente cai cerca de 30% dos cabelos.
A novidade tem ajudado principalmente mulheres que sofrem de baixa autoestima nesse período. Em um momento tão delicado, poder não sofrer alterações na aparência, ajuda também na eficácia do próprio tratamento do câncer.
Para serem eficazes, as sessões de crioterapia devem ser feitas enquanto o paciente receber o medicamento quimioterápico na veia, porém, nem todos que fazem quimioterapia podem fazer crioterapia, a indicação deve vir de um especialista.
Tratamento antioxidante
No Japão, está sendo desenvolvido um tratamento antioxidante – que gerou bons resultados em estudo com mais de cem mulheres com câncer de mama –, tanto para administração tópica quanto via oral, para evitar que se perca tanto cabelo na quimioterapia.